Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga é um dos cânceres mais comuns no Brasil (mais de dez mil novos casos por ano), sendo o carcinoma urotelial (a parte interna do trato urinário) o mais frequente.
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Esta patologia é mais comum em homens e em pessoas mais velhas, a idade média no diagnóstico é de 73 anos. O tabagismo é responsável pela maioria dos casos da doença. Outros fatores que podem aumentar o risco de câncer de bexiga incluem:

  • Exposição a produtos químicos;
  • História familiar.

Os sinais e sintomas iniciais do câncer de bexiga são muitas vezes similares com os de uma infecção do trato urinário, aumento da próstata ou cálculo renal. Entre os principais, podemos destacar:

  • Hematúria (sangue na urina): sinal mais comum de câncer de bexiga. A hematúria causada pelo câncer geralmente é visível, tornando a urina rosa ou vermelha, intermitente e não dolorosa;
  • Dor: a dor pode se desenvolver no flanco, os lados do meio das costas, acima do osso púbico ou no períneo, a área entre a vagina ou o escroto e o ânus. O processo doloroso também pode ocorrer durante a micção, isso se chama disúria, por exemplo.

Após o diagnóstico, 80% dos tumores são classificados como não-invasivos (sem comprometer o músculo da bexiga), conhecido como câncer de bexiga superficial. Nesses casos pode ser realizada a remoção cirúrgica do tumor através de um endoscópio – cirurgia denominada ressecção transuretral do tumor da bexiga (RTU de Bexiga). Em alguns casos, há necessidade de terapia intravesical adjuvante/adicional (medicamentos introduzidos diretamente na bexiga, através de pequenas sondas), reduzindo as chances de progressão e/ou recorrência da doença.

Casos mais avançados, infelizmente, requerem a retirada total da bexiga – Cistectomia Radical. Esta é uma cirurgia grande e de longa duração, podendo ser realizada através de cirurgia aberta ou, preferencialmente, pela técnica robótica – procedimento minimamente invasivo que proporciona muitos benefícios ao paciente (menos dor, recuperação mais rápida, menor sangramento, menor tempo de internação e retorno mais precoce ao trabalho). Em situações selecionadas, a quimioterapia e/ou radioterapia podem ser associadas.